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Transgénicos são organismos geneticamente modificados (OGM) cujo material genético é alterado com uma tecnologia que permite a introdução de genes específicos de um organismo para outro, a fim de obter alguma qualidade que não possui e que o torna mais vantajoso.

Basicamente são organismos "manipulados" em laboratório com técnicas da engenharia genética que permitem "cortar e colar" genes de um organismo noutro, mudando a forma do organismo e manipulando a sua estrutura natural a fim de obter características específicas. 

Eles surgiram na década de 1970, quando foi criada a técnica do DNA recombinante criando por exemplo insulina humana feita por bactérias modificadas, com menor taxa de rejeição entre os diabéticos.

A comercialização de transgénicos é polémica. 

Por um lado algumas empresas, produtores e cientistas defendem a nova tecnologia e dizem que ela aumentará a produtividade, reduzirá os preços dos produtos e permitirá a redução dos agrotóxicos utilizados. 

Por outro lado, os ambientalistas e outros cientistas afirmam que o produto é perigoso uma vez que não se conhece seus efeitos sobre a saúde nem o impacto que pode causar ao meio ambiente.


Existem alguns estudos que alertam para os perigos do consumo de produtos transgénicos



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Um exemplo é o relatório “Tolerância a herbicidas e cultivos transgênicos: Por que o mundo deveria estar preparado para abandonar o glifosato”, elaborado pelo Greenpeace

O relatório chama atenção para a relação entre glifosato e saúde humana. Segundo o relatório, no estado argentino de Chaco onde campos de soja e arroz (GM) eram pulverizados com glifosato os defeitos de nascença aumentaram quase quatro vezes no periodo entre 2000 e 2009.
Defeitos semelhantes foram também encontrados em mulheres no Paraguai que foram expostas ao glifosato durante a gravidez. Estes defeitos foram compatíveis com os induzidos em experiências de laboratório e as concentrações usadas eram muito menores do que o normal de concentrações de glifosato no uso comercial.

Problemas reprodutivos, cancro e doenças neurológicas são apenas alguns dos possíveis efeitos causados pela exposição de homens e mulheres ao glifosato, substância encontrada em herbicidas comercializados pela empresa Monsanto.

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Outro exemplo, "GMO Mitos e Verdades: Uma análise baseada em evidências de pedidos feitos para a segurança e eficácia de plantações geneticamente modificadas" elaborado pelo Earthopensource e assinado pelo especialista em engenharia genética, Michael Antoniou; o especialistas em biossegurança, John Fagan; e a editora do portal de modificação genética GMWatch, Claire Robison; destaca pesquisas que denunciam os alimentos transgénicos como perigosos, assim como herbicidas que são usados em milhões de colheitas.

Entre as afirmações, está a de que “a engenharia genética não é precisa e não é segura, pode gerar toxinas que, dificilmente, seriam detetadas”.

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Mais um exemplo, "Long term toxicity of a Roundup herbicide and a Roundup-tolerant genetically modified maize" publicado pela revista científica Food and Chemical Toxicology no dia 19 de Setembro de 2012. 

O estudo foi realizado pela equipa do professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, onde 200 ratos foram alimentados ao longo de dois anos com as seguintes rações: milho NK603 (transgénico) com e sem Roundup (o herbicida mais usado no mundo) e com milho não modificado geneticamente tratado também com Roundup. As doses utilizadas na dieta dos animais foram equivalentes ao que a população norte-americana está exposta na sua alimentação diária.

Segundo o estudo, os grupos tratados com OGM morreram de 2-3 vezes mais do que os grupos controlados, e mais rapidamente. As fêmeas tratadas desenvolveram grandes tumores mamários quase sempre mais frequente do que nas controladas, sendo a hipófise o segundo órgão mais afetado. Os machos tratados apresentaram quatro vezes mais tumores palpáveis ​​do que os controlados. Dados bioquímicos confirmaram deficiências renais crónicas com ambos os tratamentos e em ambos os sexos.

Ambos os produtos (milho NK603 e Roundup) são patenteados e comercializados pela Monsanto.

Para compreender os problemas dos Transgénicos aconselhamos: The Genetic Conspiracy about Monsanto
                                                                                                  Jeffrey M. Smith: The GMO Threat
                                                                                                  O Mundo Segundo a Monsanto                                                                   
                                                                                                  O Futuro dos Alimentos                    
                                                                                                  O Veneno Está na Mesa         
                                                                                                  UFOTV: Bad Seed - Danger of Genetically Modified Food                                                                                                

Estatísticas 2011

Segundo a organização ISAAA 160 milhões de hectares de transgénicos foram cultivados em 2011 contra 148 milhões em 2010, ou seja, um crescimento absoluto de 12 milhões de hectares (8%).

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Dos 29 países que adotam biotecnologia em 2011, seis deles são da União Europeia e plantaram 115 mil de hectares de alimentos transgénicos.

É importante referir que, em 2011, 19 dos 29 países produtores de cultivos biotecnológicos eram países em desenvolvimento, enquanto os outros 10 eram países industrializados. 

Os Estados Unidos são líderes na produção de alimentos geneticamente modificados, com 69 milhões de hectares (uma taxa de aprovação média de ~ 90% em todas as suas principais plantações biotecnológicas), com um crescimento forte em milho e algodão.

Brasil plantou 30,3 milhões de hectares, consolidando a 2ª posição e crescendo 19,3% em relação ao ano de 2010.

Portugal encontra-se em 21º lugar, sendo o milho o alimento utilizado na plantação de transgénicos. 
Os principais países em desenvolvimento na plantação de transgénicos são a China e a Índia, na ÁsiaBrasil e Argentina na América Latina, e África do Sul no continente africano, juntos chegam aos 71,4 milhões de hectares (44% do global) e representam aproximadamente 40% da população global.


Transgénicos em Portugal

Segundo dados divulgados pela publicados pelo Ministério da Agricultura, em 2007 Portugalsemeou 4199 hectares de milho geneticamente modificado, mais de 200% de crescimento face ao ano anterior (2006).

Os últimos dados oficiais dão conta de 7723 hectares de milho transgénico plantado em Portugalsendo que na zona Norte do país existem 209 hectares, na zona Centro 758 h, em Lisboa eVale do Tejo 2294 h, nos Açores 2,5 h e no Alentejo 4460 hectares o que corresponde a 58% do total de plantações de milho transgénico em Portugal.



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Importante ver:   Evolução do cultivo de milho transgénico em Portugal 
                        "Portugal importa milhões de transgénicos por ano"                      
                        Os OGM, a Saúde, os Riscos e as Decisões                      
                        Transgénicos, Ciência e Independência q.b.
                        Controvérsias nos GMO                      
                        Riscos dos transgênicos para a saúde humana
                      
Fontes:            Transgénicos Fora



Manuela Dantas
9/14/2014 08:28:27 pm

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